Ela

25 de fevereiro de 2015

Que filme lindo, lindo, lindo que é esse Ela! Gostei tanto… Achei tão poético. Profundo. Reconheço tanto a gente ali… (A gente ser humano, no caso!) Faz tanto sentido tudo. Pelo menos para mim fez. Almocei com a família e falando sobre o filme soube que teve gente que viu e não gostou. Achou parado. Lento. Eu amei. Principalmente as pausas. A calma. O tempo entre cada respiro. Suspiro. Sensação.

Joaquin Phoenix (um dos meus preferidos da vida!) brilhante mais uma vez. Ele faz um escritor de cartas deprimido no pós-separação não superada. Sabe o cara melancólico? Infeliz com o mundo? Vivendo no automático? Então… É por aí.

Era por aí até ele comprar um novo sistema operacional para seu computador que possui uma inteligência artificial (??? – tipo que pensa e sente!) e faz a leitura/interpretação do seu dono (intonação de voz, suspiros, respiros, respostas…) até formar a melhor maneira de atendê-lo.

O sistema operacional tem nome. Sim. Nome e voz. O nome é Samantha e a voz é (nada mais, nada menos…) da musa maior Scarlett JohanssonSamantha, ou sistema operacional (chamem como quiser! ;)) não só organiza a vida inteira do dono dentro do computador como a invade fora dele também. Nasce aí uma relação. Sim, de um ser humano com um programa de computador. Oi? É… Eu sei…

Parace bizarro, né? Parece e é. Mas faz muito sentido. E Scarlett conseguiu superar todas as minhas expectativas e ficar mais desejável do que nunca sem ter uma cenica sequer com imagem. É só a voz. E que voz. Assistam, por favor, que vocês entenderão. Nem vou tentar explicar…

São cinco indicações ao Oscar 2014: Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção Original (The Moon Song, de Karen O) e Melhor Design de Produção.

Joaquin Phoenix não foi indicado mas arrebentou muito. Perfeito. Como eu gosto desse cara… Achei que ele merecia tá entre os cinco. Aliás, o mesmo paraScarlett. Dois gênios. Grande encontro. Despertam desejo sem nem se tocarem. Sem sequer estarem em cena juntos. U-a-u. Parabéns para os dois! Amy Adams vai muito bem também em uma personagem mais comum, diferente do que a gente viu dela ultimamente. Amo ver os desdobramentos. Onde ela é capaz de chegar. E nesse filme ela veio com menos. Mais pausa. Menos na composição. Mais na simplicidade. Naturalidade. Leveza. Gosto muito.

E a gente sai do cinema pensando… Refletindo… Será que ficaremos assim, de fato? Será que lá na frente a convivência com outro ser humano vai ficar insustentável? Ficaremos tão intolerantes a nós mesmos? Sei lá… Tanta coisa ficou mais clara… Tantas frases do filme que queria anotar num bloquinho para usar nas nossas crônicas depois, sabe? Enfim… Gostei demais!

E vocês? Viram?

O que acharam?

Menos de uma semana para o Oscar!

Contagem regressiva…

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Curta - Julia Faria

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