Continuando nossa semaninha cultural hoje o assunto é cinema! Esse ano fui muito menos do que deveria e gostaria de ter ido. Uma pena… Além de ter sido (tem sido!) um ano corrido, eu tive as invasões das séries na minha vida, né? Lembram que falei disso aqui? Então… Mas quando tem filme novo do Woody Allen eu paro o mundo para ir assistir. E assim foi com Blue Jasmine. Corri para o cinema.
Gostei muito do filme. Muito. Longe de ser meu preferido Woddyaleano (???), tenho outros na frente desse, mas achei bem lindo.
Primeiro porque temos uma Cate Blanchett brilhante na pele da bilionária que perde tudo e vai pedir socorro para irmã que ignorou/evitou a vida toda. A concepção da personagem já é interessante. Idéia interessantíssima. E o roteiro vem preciso. Redondo.
Jasmine e Ginger são filhas de adoção. Então são irmãs e não irmãs ao mesmo tempo. Foram adotadas pelo mesmo casal mas cada uma seguiu um caminho: Jasmine (que nasceu Janette mas mudou de nome por “sugestão” do marido) casa-se com um investidor riquíssimo e vive numa mansão em Nova York enquanto Ginger (personagem da maravilhosa Sally Hawkins) teve dois filhos com um operário e vive em São Francisco.
O roteiro pincela aproximações e distanciamentos o tempo inteiro. Entre as duas. Entre os mundos completamente diferente de cada uma. Entre as cidades. Entre os sentimentos delas. Bem interessante esse jogo do aproxima-separa. De identificação e de repulsa. Indo e vindo o tempo inteiro.
Cate Blanchett tá muito bem. Muito bem mesmo. E ela sabe disso. E a gente sente que ela sabe. Li uma crítica antes de ver o filme que dizia que Jasmine é uma personificação doWoody, de achar tudo um pavor, as pessoas feias, desinteressantes e achei que faz bastante sentido. E ainda assim a gente gosta dela. (E dele, claro!) Mais, a gente humaniza. Torce. Com todas essas (e mais algumas!) características que nos dariam todos os motivos do mundo para odiar. Mérito da Cate. Mérito do Woody. Dois responsáveis por nos entregar um belo filme e nos apaixonar despidos de julgamentos por essa mulher.
Obrigada aos dois!
O Gianecchini é um cara bom de olhar fazendo qualquer coisa. Não pela boniteza toda envolvida (tá, tudo bem, a boniteza conta também!) mas por como o cara é legal. Sem demagogias e no sentido total da palavra. Em caixa alta, sabe? Com todas as letras? L-E-G-A-L!
Cara do bem, generoso, humilde, com uma energia absurda, boa demais de se ver… Já babei esse ovo todo aqui antes. Duas vezes! Uma num post sobre o livro dele e outra sobre a peça que ele fez pós-recuperação. Então vou poupar vocês de mais tanta melação, tá?!
Vou direto ao assunto! Giane + Maria Fernanda Cândido + Dan Stulbach tá bom para vocês? Haha… Para mim tá maravilhoso! Sou muito fã dos três e por isso tratei de ver o espetáculo delicinha que eles estrearam em São Paulo.
Mega sucesso na Broadway, Toca do Coelho conta a história de um casal feliz (Giane eMaria Fernanda!) que perde o filho ainda criança e tem de tocar a vida depois disso.
Daí tem a mãe/sogra feita pela m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a Selma Egrei que nos garante momentos de risos em meio a tanta dor contada, o estreante Felipe Hintze (adorei o trabalho dele!) e Simone Zucato (faz a irmã!) que graças ao senhor google descobri que foi quem comprou o texto e levou 6 anos para produzir/estrear. Sei bem como é difícil chegar onde ela chegou e aplaudo de pé o resultado final. Produção impecável! E conseguiu reunir elenco + ficha técnica de peso.
O Dan entra na direção. Simples. Preciso. Sem malabarismos, sabe? Foi no texto e ponto. Contou a história. Gosto muitíssimo da direção dele. Trouxe um elenco também limpo, naturalista, sem complicar o que já é complicado. Menos é mais! Me apaixonei pelo cenário do André Cortez e pela luz da Marisa Bentivegna. Tem charme. Tem bossa. Tem Maria Fernanda. Tem Giane. 😉
Fica a dica para quem mora em São Paulo!
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Teatro FAAP
Sextas às 21h30 | Sábados às 21h | Domingos às 18h
Domingo passado fui ao teatro ver a Marieta Severo em Incêndios. Eu sou uma apaixonada pela Marieta. Apaixonada mesmo. Amo tudo nela… O lifestyle, as escolhas, a interpretação… Me interesso muito por tudo que ela coloca a mão. E lá fui eu, ao teatro Poeira aqui no Rio para assisti-la num dos mais importantes textos da atualidade. Ela atua. E produz. Ela realiza.
Incêndios foi encenada em mais de quinze países, ganhou os principais prêmios internacionais, mega sucesso de críticas e público. Trata-se da saga da árabe Nawal (personagem da Marieta), cuja vida é atravessada por décadas de uma guerra civil que parece nunca ter fim. Segredos, mistérios, encontros e abandonos na busca dessa moça pela reconstituição de laços maternos.
A gente, platéia, fica desconfortável o tempo inteiro. Vamos nos contorcendo com os atores a cada descoberta… É uma peça bem verborrágica. Sem grandes efeitos ou cenários. Sem projeção. São os atores e ponto. E texto. Muito texto. A peça é longa. Teatro para quem gosta de teatro. E de história. Para quem gosta!
Confesso que demorei para engrenar… Mesmo gostando (muito!) de teatro. A primeira metade levei arrastando. Fixando os olhos para tentar embarcar, sabe? Sininho da frustração ameaçando a tocar… E quando eu menos esperei tudo aconteceu. E a mágica se fez. E Marieta deu aula entre tantas tragédias e separações… Tem um monólogo dela descrevendo algumas torturas que foi submetida que é uma das coisas mais lindas que já vi no teatro. Aí faltou ar e sobraram lágrimas… Ali eu já era cúmplice dela. Estava ali com ela. De mãos dadas. Abraçando a sua dor.
Separei um trecho de Wajdi Mouawad (o autor) falando sobre a peça:
“Incêndios não é propriamente uma peça sobre a guerra, e sim sobre promessas que não são cumpridas, sobre tentativas desesperadas de consolo, sobre maneiras de se permanecer humano num contexto desumano”.
É isso! Exatamente isso! Maneiras de se permanecer humano num contexto desumano… E a peça acaba e não me lembro de nem um segundo de possível tédio nos primeiros 50 minutos. A peça tem duas horas. Compensa. Vale a pena. Muito a pena… Tudo faz sentido no final.
A direção é do Aderbal Freire-Filho. Tá na minha listinha de sonhos ser dirigida por ele… E contracenar com ela… Um dia, quem sabe… Precisamos sonhar para ter no que correr atrás, né, não?! Sigo sonhando daqui… Sempre!
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Horários: Quintas, sextas e sábados, às 21h e domingos, às 19h.
Classificação etária: 14 anos.
De novo aquele papo de que Grey’s Anatomy comprometeu meus livros, filmes e vida social… Tô chata? Repetitiva? Eu sei… A real é que terminei ontem a nona temporada e agora só me resta esperar liberarem os primeiros da décima… Legendados! (Se alguém vir por aí posta o link nos comentários, pelamordedeus!) Tantos termos técnicos que prefiro esperar a legenda para não perder nada.
Tudo isso para dizer que no meu primeiro dia sem Grey’s fui atrás de distraircompensar o tempo perdido. E comecei logo com um filme que tava curiosíssima para ver, apesar do atraso. A cinebiografia de Steve Jobs, sócio-fundador da Apple. Acho que dispensa apresentações, né? Então…
Eu comprei a biografia autorizada (livro) dele logo que saiu. Um pouquim depois que ele morreu. E não li até hoje. Comecei e encostei. Devo ter parado entre a página 150 e 200, algo assim. Tenho mania de ler mais de um livro ao mesmo tempo e alguns acabam ficando pelo caminho. Esse foi um… Até aqui. Porque saio do cinema com a certeza absoluta de que vou retomar. E explico porque.
Não sei dizer se gosto do filme. Porque também não desgosto. Mas acho que o que me faz não torcer o nariz é a curiosidade monstra em cima da história desse cara. Já disse aqui mil vezes que sou tarada em biografias. Tratando-se da de um cara tão presente nas nossas vidas, do gênio da tecnologia, do cara que criou o brinquedinho no qual eu tô escrevendo para vocês no momento, o interesse triplica. Multiplica. Então acho que não gosto do filme. Mas me interesso muito pelo cara. Ficam meio que elas por elas, sabe?
Aí, vou tentar explicar os motivos pelos quais não gosto do filme. Venderam a biografia de Jobs (não foi à toa o título do filme! Ou foi…) e compramos a biografia (???) da Apple. Sim, Apple seria um título muito mais apropriado.
Me lembro muito (das poucas páginas que li do livro!) do sofrimento de Jobspor ter sido abandonado pelos pais, a relação com os pais adotivos, sua relação com Woz… Como disse, não li nem metade do livro, mas li o suficiente para dizer que o filme é raso. O roteiro não se aprofunda na mente de Jobs e parece não estar mesmo muito preocupado em ser uma fonte fiel aos fatos da sua vida. Tudo bem também, se não tivessem nos vendido como tal. (Já entenderam a minha vontade de retomar o livro ontem, né? Só alimentou a curiosidade… Não saciou nadinha!)
Enfim, o que a gente vê é um mega salto da garagem da casa de seus pais adotivos para o CEO da Apple. Do jovem visionário ao cara pronto para destratar qualquer funcionário (e amigo!) e abandonar pessoas pelo caminho. Sua filha, inclusive. Faltam tantos detalhes… Nos encontros e desencontros. Nas escolhas que ele faz. Fica faltando tanto para gente do lado de cá…
Fica claro o intuito de criar um herói intocável justificando todos os seus erros como frutos de sua genialidade. O filme meio que tem esse papel. Canonizar o deus da Apple. (Que ele é gênio a gente já sabe, não???) E pode ser que alguém compre. O Ashton Kutcher comprou. Diz que ele chegou bem perto do jeito de falar e andar de Jobs. Eu não sei… Não tenho esse know how. Nunca vi um vídeo sequer deJobs. Mas sei que euzinha não comprei não…
Saí do cinema querendo mais. Muito mais do que o Deus da Apple. Saí com vontade do Steve. Steven Paul Jobs, no caso. E é por isso que eu vou correr pro livro assim que publicar esse texto. Porque já sabia que a Apple era a empresa mais valiosa do mundo hoje. O que me interessa agora é saber todas as dores e delícias que o criador dela passou (internamente!) para chegar lá! E não deve ter sido pouco… Nem simples… E no mínimo muito interessante!
😉
Fui!
Então… Sei que o assunto é antigo. (O piloto da série foi pro ar em 2005, ou seja, tô 8 anos atrasada!) Mas seria impossível não tocar no assunto aqui. Não dava para passar batido em uma coisa que foi tão intensa na minha vida.
Eu nunca tive o costume de acompanhar séries. Tipo, assisti Friends inteirim com a família de um ex-namorado. Tudo. Todos os episódios. Mas muito por causa deles. Eu poderia tranquilamente viver sem aquilo. Amava e tal mas não deixava de fazer nada para dar play. Não ficava ansiosa pelo próximo episódio. Era só um passatempo gostoso. Momentinho família e tal.
Logo que terminei (o namoro, no caso!), migrei para Sex And The City para distrair da dor. Ganhei um box completíssimo de uma amiga cheia de compaixão e me ajudou bastante. A maioria aqui já deve ter visto pelo menos um episódio de Carrie, Miranda, Samantha e Charlotte. (Aliás, tenho amado muito várias de vocês me chamando de “Julia Bradshaw” nos comentários das crônicas! Me acho!) E as quatro musinhas foram perfeitas naquela época. O que seria mais um passatempo gostoso virou calmante para o coração. Funcionou até. Distraiu até. Mas nada aos pés do que Grey’s causou na minha vida.
Durante a turnê da peça, a Mari Molina e o Dani Rocha (dois atores companheiros de cena e turnê!) estavam viciados. A Mari era tão dodóizinha que deixava de conhecer as cidades para ficar enfurnada no hotel vendo a série. Eu não conseguia entender aquilo… Era demais para minha cabeça. Afinal de contas minhas únicas experiências eram Friends e SATC. Que tudo ótimo você esperar uns dias (até meses!) pelo próximo episódio. E fazia piada dela trancada no quarto. Mas no fundo acho que devia ter um invejinha plantada. Invejinha para também ter uma série para chamar de minha. Que me pegasse de jeito. Para ter uma justificativa para não sair de casa final de semana. Para não ter que procurar o que fazer. Para ocupar a cabeça.
Logo que a turnê acabou (acabou não! Estamos em pausa! Jajá volto com notícias! ;)) fiquei com um vaziozim no coração. Falta das viagens, da rotina, de não ter tempo para nada. Saudade do elenco e equipe. E mais um tempo sobrando.
Num domingo, de bobeira em São Paulo, sugeri assistir o primeiro episódio com minha mama. Mari sempre dizia: “experimente o primeiro episódio e nunca mais vai largar! Vai me entender.”. E não deu outra.
A gente viu pelo netflix. Você acha as 8 primeiras temporadas lá. A nona você consegue pela internet. E a décima estréia lá fora final do mês. Sei que eram mais ou menos uns 200 episódios no total. 9 temporadas, com 20 e poucos episódios de 45 minutos em cada. Coisa para burro, certo? Errado. Porque você devora e fica nervoso querendo mais.
Eu assisti tudinho em dois meses. Tiveram dias (de folga, claro!) que não saí do sofá. No máximo para fazer um prato e depois para devolvê-lo na pia. Passei dias emendando episódios. E prometendo (em vão!) que “esse é o último e depois eu durmo”. E sempre abrindo mão de alguma coisa para ver “mais unzinho”.
Foi. Pela primeira vez na vida fui fisgada por uma série. Eu e minha mãe. Assistimos tudo juntinhas. Mesmo longe, íamos acompanhando uma a outra. Ela também viciou. E tenho indicado muito para minhas amigas. Por isso não podia deixar de indicar aqui.
Terminou um namoro? Tá sofrendo? Ansiosa? Comece essa série! Não vou falar muito para não dar spoiler para quem ainda for ver. Tenho um chat no What’s App com 6 amigas. Duas terminaram. E eu dei a dica. O dia que uma escreveu no chat que “não acreditava que fulano era casado” dando nome aos bois quase acabou a amizade das duas. Haha… Sim, elas também viciaram e foi melhor que remédio, melhor que terapia, melhor do que qualquer outra coisa nesse período de luto pós-término.
Também tenho certeza que muitas de vocês já viram, né? Então vou tentar escrever minhas impressões sem entregar nada: Meredith me dá sono. Pronto, podem me atirar todas as pedras! Mas sim, acho ela bem chatinha. Não simpatizo com a atriz, acho ela fraca (bom de atriz gringa é poder dar opinião na lata!), entediante. Ela não me emociona. (Ai meu deus, não me matem, por favor!!!!)
A-m-o sem fim Richard, McDreamy e McSteamy. Quero ser Bailey quando crescer. E casar com Alex. Izzie e George (amor verdadeiro, amor eterno!) despedaçaram meu coração. E Callie me fez gostar (muito!) dela e da Arizona. Juro que não achei que isso fosse possível quando elas apareceram.
Cristina eu amo e odeio. Varia muito. Mas fato que Owen tem participação no odeio porque ele me dá um pouco de preguiça. E eu amava Cristina até ele aparecer. Aliás A-M-O M-U-I-T-O as atrizes Sandra Oh e Chandra Wilson(Bailey). Acho absurdo o trabalho das duas. A verdade. A entrega. Dão um show. Tiram ar. Gênias! E, por último, o episódio que eles cantam me deixou chorando um dia inteiro. Queria uma temporada inteira musical, produçãooo!!! Tem como??? Achei que rolou muito. Amei.
Um parágrafo para Shonda Rhimes, a autora. Ter assunto para 8 anos não deve ser nada fácil. Eu particularmente prefiro um milhão de vezes as 5 primeiras temporadas. (Invejo muito as amigas que tão no comecinho! Bons tempos…) Quis m-a-t-a-r a fofa por algumas escolhas. Me envolvi mesmo. E imagino a pressão que ela tenha passado nesse tempo todo com fãs fervorosos. Não deve ser mole… Palmas para ela que ela arrasa! Como se fosse o nosso último capítulo de novela a cada episódio, sabe? Affff… Demais! Dá aula!
Ufa… Deu para dar um resumão das impressões, né? Agora vocês me bombardeiam de condordos e não concordos nos comentários. Vou amar saber os preferidos de vocês, outros pontos de vista e tal. Vai ser ótimo nesse meu momento de abstinência. Tô inteira porque ainda não vi a 9. Vou terminar esse post e correr para internet resolver isso. Não queria… Queria esperar chegar no netflix e ver na tvzona, qualidade boa e tal mas não será possível. Não guento esperar nem mais um minuto. Então: fui!
Ah, vou amar também receber dicas de séries para quando a nona acabar. Vou ficar depressiva, a vida vai perder completamente o sentido e precisarei de uma nova série para curar a dor de ter terminado essa. E tô amando isso! Só tinha sentido com livro, quando você começa a ler 5 páginas por dia com dó de acabar, sabe? De perder a companhia antes de dormir? Então… Mesmíssima coisa. Agora pela primeira vez com uma série de televisão.
Portanto tenham dó dessa pessoinha que vos escreve e dêem prescrição dica de um bom remédio seriado substituto.
Tô no aguardo!
😉
Já escrevi aqui (algumas vezes!) o quanto eu gosto de assistir biografias e histórias verídicas. Amo escutar a história das pessoas. Aprender mais sobre elas. Saber que aquilo tudo é real. Legítimo. Que aconteceu. Também adoro uma ficção, claro, mas confesso que tenho uma queda especial pelo “baseado em fatos reais”. E Flores Raras foi mais um desses na minha conta!
Trata-se da relação entre a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares(Glória Pires) e a poetisa norte-americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto). Começo, meio e fim da relação. E em paralelo as carreiras de cada uma. Do luxo a decadência. Ambas. Deslizando pelos ups and downs que a vida dá.
O amor gay é tratado como uma não-questão no filme. Sem nenhum escândalo ou gravidade, sabe? Representado lindamente por Miranda e Glória. Com entrega e sem afetações. Na medida. Do jeito que tem que ser.
Na saída do cinema escutei o papo de um casal em que o marido dizia para esposa: “ela é tão boa que para mim vai ser sapatão para o resto da vida”. Era um elogio. Um elogio a maravilhosa interpretação (em português e em inglês!) de Gloria Pires. Que faz a gente sentir o desejo da sua personagem pela outra mulher. Que faz a gente acreditar que de fato aquela mulher que já estamos cansados de ver fazendo tanta coisa por aqui é Lota. Uma sensível e forte lésbica. Intensa. Belíssima interpretação. Das duas, claro. Mas não podia deixar de enaltecer Gloria… Deu show.
Vale falar também da fotografia do filme. Um Rio de Janeiro dos anos 50 e 60 muito bem retratados. Orgulho de ver nosso Rio vintage! Haha… Tão lindo. Tão poético.
Agora o que mais me tocou no filme, foi olhar de fora a relação de amor das duas. Analisar o trajeto todo. Como começa e como termina. Um dia da caça, outro do caçador. Intrigante. Nem sempre o lado que parece ser o mais fraco é o que derruba no final. A vida é uma caixinha de surpresas… Surpreende. Assusta. É o negócio é dançar conforme a música… Não se entregar.
Adorei o filme. Achei lindo. Tocante.
E dá-lhe cinema nacional!
Fui ver Bling Ring muito curiosa por três motivos: primeiro porque um amigo que confio muito no gosto (bate muito com o meu!) amou e falou muitíssimo bem. Segundo porque uma amiga que também confio muito no gosto (também bate muito com o meu!) falou muitíssimo mal. E por último porque amo Sofia Coppola e mesmo se o papa falasse bem ou mal ou veria curiosa anyway.
Resultado? Fiquei neutra. Não amei. Mas também não odiei.
O filme é muito bem feito como qualquer outro da Sofia. Tem aquele acabamento simples que de simples não tem nada, sabe? Onde tudo é milimetricamente calculado. Cada plano. Cada ação física dos atores. Cada respiro.
Vocês já devem saber que trata-se da história verídica de uma turma de riquinhos que se junta para assaltar a casa de celebridades fashion que eles sonham em ser/conviver. Então, o todo já flertava com a minha curiosidade. Mas, no final das contas não me prendeu…
Cheguei a olhar para o relógio para ver quanto tempo de filme tinha ido (perdão, Musa Coppola! Mas tenho que ser sincera aqui! E continuo te amando por todo sempre!) e sai meio vazia do cinema. Acho cool toda a ironia em cima jovens americanos, a maneira com que ela consegue tratar o deslumbramento, consumismo e superficialidade como fio condutor e impulsionador de uma geração. Mas eu queria mais.
Talvez mais profundidade nos conflitos pessoais de cada personagem. Não sei… A adoração a cultura gangster (oi?) nos dias de hoje… Enfim… Acho que tinha mais assunto para colocar na mesa.
Vocês viram? Gostaram?
Eu já tô louca pelo próxima dela. Esse não saciou… Só aumentou a vontade!
😉
PS: A Camis fez um post perfeito para os curiosos de plantão mostrando onde estão os personagens da vida real nos dias de hoje. Mostrando as carinhas de cada um, dando twitter e insta dos que tem e tal. Se tiver curiosidade só clicar AQUI que vai pro post dela!
Mais um livrim para conta! 😉
Um campeão de vendas. Bombado. Perdi a conta de quantas fotos do livro eu vi no instagram de amigos.
Nas prateleiras de best sellers das livrarias. Por todo lugar. E, claro, criei uma expectativa.
Leitura bem fácil. Rápida. Se você tiver de bobeira lê em um dia. Eu levei uma semana por preguiça mesmo. E porque largar Grey’s Anatomy para qualquer outra coisa é um drama. Mas terminei hoje! E achei fofo. Mas nada demais. 🙁
Várias de vocês me escreveram dizendo que eu iria amar. Para eu me preparar para chorar e tal. (Please, não me matem! Opinião e gosto, tá?! Cada um com o seu!!!)
Adoro os personagens, acho que ele termina o livro poeticamente e fala com muito delicadeza sobre as dores e delícias (???) de jovens com doenças terminais.
Mais, trata a doença como coadjuvante. Gosto muito de tudo isso. Mas talvez por estar num momento de repetidos dramas na (de novo!) minha série vício compulsivo e uma de minhas personagens favoritas também estar sofrendo de câncer terminal e me fazer debulhar em lágrimas a cada episódio eu já estava um pouco blindada sobre o assunto.
Fora que perdi um tio e minha Vózinha amada para a doença. Vivi tudo isso já… O vai e vem em hospitais… Controle das expectativas. A dor da perda… Sei do que se trata. Lido bem… Se é que isso é possível! Enfim…
Livro fofo. Toca. Mas entre ele e minha série, fico sem dúvidas com minha série!
Pronto! Agora todas que amaram muito o livro (eu sei que são muitas!) podem começar a comentar aqui para dar uma força melhor do que a minha para quem ainda não leu comprar o livro!
É com vocês!
😉