Escolhas. O novo filme do Meirelles é todo costurado em cima das escolhas feitas pelos personagens e consequências tomadas por elas. De cara a gente já fica pensando na responsabilidade que temos sobre a gente mesmo. De como nosso vida tá agora. Se teria sido diferente ter experimentado um ou outro caminho no passado… Eu sempre me pego com essas reflexões.
Os personagens são apresentados num delicado desfile cíclico de acontecimentos. O filme roda por vários idiomas, são várias histórias que se cruzam (ou não!) numa coreografia perfeita de imagens muitíssimo bem editadas. Como eu gostei da edição… Por vezes duas ou até três cenas dividem a tela… Cada uma com seus conflitos. Como gostei dessa solução…
Representando o Brasil temos a Maria Flor e o Juliano Cazarré (Adauto, eu te amo!) fazendo dois belíssimos trabalhos. Acho bem legal quando a integração acontece, de fato, sabe? Eles tão ali misturados. Parte daquilo. Zero sensação de estranhos no ninho. Flor joga de igual pra igual com Anthony Hopkins e Ben Foster. Demais…
Aliás, um parágrafo só para Hopkins e Foster. Que show… Pirei com o trabalho dos dois. Tenho várias coisas e cenas para citar, acabei de sair do cinema, mas ia estragar adiantando surpresas boas para quem for assistir…
Então deixo só a dica… Vá! E prepare-se para pensar e repensar escolhas. As próximas, porque as que passaram não adianta gastar tanta energia… Ah, outra boa lição que o filme traz: o tal do julgamento. Como a gente julga e se surpreende com nosso próprio preconceito diante dos personagens. Outro bom ponto que vale trazer para vida real…
Nem sempre o bem se dá bem e o mau se dá mal. Certo e errado é relativo… Ih, muitas reflexões…
Quero saber a opinião de vocês… E encerro com frase da Laura, personagem da Maria Flor:
“Quantas chances a gente tem? A gente tem que viver…”