Gonzaga – de pai pra filho

30 de novembro de 2012

Ontem foi dia de chorar no cinema. Nossa, como chorei… Do começo ao fim do filme! Choro gostoso, sabe? História boa de ouvir? Então…

Eu já fui bem forrozeira. Passei muitas e muitas noites me acabando de dançar nos forrós de São Paulo. Gostava de forró pé de serra mesmo… Quanto mais rápido, melhor! E Luiz Gonzaga era de longe meu preferido. Sei t-o-d-a-s de cor. Até hoje. Cantei t-o-d-a-s as músicas do filme. Então, já me interessava (e muito!) pelo assunto.

São duas biografias em um filme só: Luiz Gonzaga (Rei do Baião!) e seu filhoGonzaguinha. O diretor Breno Silveira já tinha mostrado para gente que era bom em contar histórias de pais e filhos quando fez Dois Filhos de Francisco, né? Já tinha misturado a biografia dos cantores com todo o drama familiar neste outro filme. E repetiu aqui a mistura com genialidade. Doses perfeitas de todos os ingredientes. Eu amei!

Primeiro porque ter acesso a história de um cara que escutei tanto é muito legal. O roteiro vai encaixando as músicas cronologicamente e você vai entendendo porque da composição, para quem e em quem ele se inspirou, tudo vai fazendo ainda mais sentido, sabe? Fora toda a dificuldade que o cara passou… Não fazia idéia de tanta intensidade por trás. A vida não foi fácil para ele. E muito menos para seu filho,Gonzaguinha que eu não tinha tanto apego e saí completamente apaixonada do cinema.

Claro que eu sabia quem era o cara… E quem não conhece o responsável por “Viver e não ter a vergonha de ser feliz… Cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz…”. Gênio. Mas tinha zero apego. Nunca tive um disco. Nunca baixei uma música. Já estou correndo atrás do tempo perdido agorinha! Outro caminho bem dramático até chegar no sucesso… E ele chega lá.

Enfim… Fiquei completamente envolvida com os dois personagens. Com a relação dos dois. Aliás, três! Porque Januário, pai do Luiz Gonzaga também entra nessa conta! Mágoa, amor, abandono… Tentativas de reaproximação. Errar tentando acertar… Enfim… Chorei demais da conta!

Um parágrafo para aplaudir o trabalho do querido Julio Andrade. Trabalhamos juntos em PASSIONE (ele fez o Arthurzinho, cês lembram?) e está maravilhoso no papel deGonzaguinha. Nanda Costa também me surpreendeu… Belíssimas cenas dos dois! O filme é longo mas não cansa… Tá muito bem montado… Roteiro bem bom também.

Eu amei, amei, amei!

Vocês viram? Gostaram?

Corre lá que ainda tá no cinema!

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Curta - Julia Faria

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