Tenho a mania (quase doencinha!) de ver todos os filmes indicados ao Oscar antes da noite do prêmio. Deve ser de família. Eu, minha mãe e meu irmão somos cinéfilos e em época de Oscar viramos noites e noites vendo os filmes. Cada um com sua listinha e prioridades. Nem sempre os gostos batem (meu irmão sempre fecha a cara pros blockbusters!) e até bolão a gente faz! Cada um torcendo pros seus… A gente vê tudo!
Esse ano não tá sendo diferente. Quando peguei a lista dos indicados, O ARTISTA logo chamou atenção. Concorrendo a 10 categorias (só perde por uma para A INVENÇÃO DE HUGO CABRET, do Scorsese!) o filme é MUDO e em PRETO E BRANCO. Que tal?
Parece que quando lançaram na Inglaterra teve um tanto de gente abandonando as salas de cinema frustrados nos primeiros minutos de filme. Tiveram que colocar avisos espalhados pelas bilheterias para que ninguém mais fosse pego de surpresa. Eu não sei de vocês, mas comigo o efeito foi contrário. Me deu MUITA vontade de ver.
Gostei do filme. Não amei, não me tirou o ar, mas gostei bastante. Primeiro porque conta um pedacim da história do cinema (final dos anos 20 começo dos 30) quando o cinema mudo entra em decadência com a chegada do falado. Depois porque o trabalho dos dois atores (Jean Dujardin e Bérénice Bejo, os dois concorrem ao Oscar!) é primoroso. Gosto ainda mais dela do que dele. Arrasa nas cenas de drama. Emociona. Impecável.
Um filme simples mas gostoso de ver. Fora que não se faz cinema mudo há pelo menos 50 anos (me corrijam se eu estiver errada!) então vale muito pela novidade! Pelo formato. As imagens dobram de importância e a gente presta muito mais atenção ao que tá assistindo… Devora os detalhes. Pelo menos essa foi a minha sensação!
Tem que ver. E rápido. E no cinema! Corre que jajá o Oscar tá aí e O Artista é fortíssimo candidato. Só não arrisco meus palpites aqui porque ainda falta muito filme para ver… Até a noite da premiação faço meu bolão! Chego lá! 😉