Fui assistir o filme novo da musa Meryl Streep com zero expectativa. Esperava um blockbuster fofo e só. Mas só de ter a Sra. Streep no papel protagonista já me sinto na obrigação de pagar para ver. O diretor é o mesmo de O Diabo Veste Prada. Mais um motivo para eu querer assistir (gostei do que a dupla aprontou no primeiro!) e para não criar muita expectativa. Enfim… Fui ver!
Trata-se de um casal de Omaha que, depois de 30 anos de casamento, não parece ter mais interesses em comum. Enquanto a personagem de Meryl Streep quer recuperar o casamento, o personagem de Tommy Lee Jones acha tudo isso uma bobagem. O filme mira especificamente no público da terceira idade da classe média. Ela faz a típica mulher com todos os desejos reprimidos, que serve o marido em todas as funções domésticas e ele, vive em frente a tv a cabo e nem suspeita da insatisfação da esposa. Dormem em quartos separados. Quase não conversam mais.
Ela resolve dar a última cartada gastando todas as economias em um tratamento intensivo de terapia de casal. Eles viajam, ele vai obrigado. E o filme começa. A partir daí são todas as perguntas incômodas de um consultório terapeutico e processo de reaproximação dos dois.
Um Divã para Dois reúne dois belíssimos atores. Acho até que o filme é mais de Tommy Lee Jones do que de Meryl Streep. Ele humanizou aquele homem durão colocado em situações embaraçosas de uma maneira muito doce. Precisa. Com muita verdade. Ela também entrega a Kay com todos os seus desejos reprimidos perfeitamente. Mas aquela coisa de que ela é a musa-mestra-maior, né? Então nada que a gente não tenha visto muito, muito, muito mais antes…
Enfim, achei o filme arrastado. São só os dois atores, né? Vivendo ou em consulta. Então o filme demorou a passar e a gente meio que já sabe o final. Vai sem grandes surpresas. Acho que o fato de os conflitos serem muitíssimo distantes da minha realidade soma negativamente também. Achei boring. Bem boring. A verdade é essa.
Vocês viram? Gostaram?