Mais uma dica cultural obrigatória: Barbara Paz + Pierre Baitelli em cartaz no Teatro Leblon, no Rio de Janeiro. A Bárbara vocês sabem quem é, claro, o Pierre (para quem ainda não conhece!) faz um médico em Amor a Vida. Dá uma olhada na foto e vê se vocês reconhecem. Eu já o vi no teatro algumas vezes e sou bem fã. Gosto muito do trabalho dele.
Trata-se do texto premiado do David Ives (traduzido por Daniele Ávila Small) e dirigido pelo marido da protagonista, Hector Babenco.
Fiquei maravilhada. Apaixonada. Encantada com o espetáculo. É teatrão. Para quem gosta de teatro. Comecei o texto dizendo que é obrigatório porque sou intensa e gostei tanto que acho que todo mundo deveria assistir. Experimentar. Pagar para ver.
Não é uma peça tipo Elis, A Musical ou Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz que você pode levar qualquer pessoa, de qualquer idade, qualquer profissão, gosto e etc. que garanto que vai gostar. Vai se entreter, se interessar, embarcar na história. Não. Não é uma peça para todos. Não é de fácil compreensão. Aliás, compreender é subjetivo uma vez que acho que a idéia é que cada um tire suas próprias conclusões no final. O que ficou para mim pode ser bem diferente do que ficou para você. É complexa. Difícil mesmo. Eles confundem a gente. E eu me deixei levar. Acaba e você fica: “oi?”. Precisei de uns minutos até organizar as idéias.
Bárbara faz Vanda, uma atriz desengonçada e estabanada que chega para um teste ensopada e com muitas horas de atraso. O autor e diretor da peça (personagem doPierre) já estava de saída quando ela aparece e o obrigada (literalmente!) a dar uma chance e deixá-la fazer a leitura. Ele topa, a contragosto. E a atriz arrasa surpreendendo todas as más expectativas dele. Com texto da peça na ponta da língua ela seduz o diretor/autor convidando-o para um jogo teatral totalmente sedutor e despudorado. Aí qualquer coisa que eu acrescentar aqui será pessoal e vai entregar muito do tanto que vocês tem que descobrir no teatro.
Atenção, cariocas, vale muito a pena! Se gosta de teatro, de boa história, de ter o que debater no jantar depois, é uma excelente pedida. Direção refinada. Cenário lindo. E trabalho primoroso dos atores. Gostei muito, muito, muito. O Pierre eu já amava, agora a Bárbara foi mais uma que entrou para minha caixinha de preferidos no teatro. Ela arrisca. All in, sabe? E leva tudo no final. Amei, amei, amei!