Elis: a musical

25 de novembro de 2013

Quem me acompanha no instagram tá sabendo que recebi visita da Mama em casa esse final de semana! Foi intensivo cultural: duas peças de teatro, cinema e show do Roberto Carlos. Show do Rei, né, Mamis? E assim garanti meu presente de natal desse ano… Não podia ter tiro mais certeiro! 😉

Tudo isso para dizer que vou dar uma bombardeadinha de cultura por aqui essa semana, ok?! Vou subir um por dia! Uma dica por dia! A parte boa é que tudo que vi é muito, muito, muito bom (na minha humilde opinião, claro!) e vocês vão poder fazer listinha para ocupar o final de semana porque são quatro dicas tem-que-ver. Quase obrigação, mesmo. Bora para primeira!

Fomos ver Elis, a Musical. Texto do Nelson Mota. Direção do Dennis Carvalho. Um amigo me disse que foi a primeira direção do Dennis no teatro (corrijam aê se tiver errado!) e eu achei i-m-p-e-c-á-v-e-l. Redonda. Poética. Gol! Sabe aquele gol calculado? Meticuloso? Estudado, mesmo? Ensaiado? Onde nada é por acaso? Sabe? Então…

Porque tem gol que sai no susto, né? No improviso. Bom também. Mas não é disso que tô falando. Tô falando de precisão. De ensaio. Muito ensaio. De perfeição. De uma engrenagem que funciona do começo ao fim do espetáculo. São 19 atores/cantores/dançarinos no palco. Todos dançam e cantam. Mais a orquestra musa. Dei um google aqui e vi que são 50 canções sendo que cerca de 30 delas na íntegra. Tá bom para vocês? Tá maravilhoso! Mas a gente fica querendo mais… São quase 3 horas de espetáculo e a gente sai querendo mais!

Eu adoro a Elis. Sei a maioria das músicas da peça de cor. Mas nunca fui fã, fã, fã. Nunca busquei a história dela em vídeos e tal como fui/sou com Cazuza (contei AQUI!). Então fui com zero de expectativa. Até mais no intuito de ouvir a história dela mesmo. Pela biografia que me interessava apesar de eu nunca ter buscado. E recebi muito mais que isso. Fui bem mais fundo no final das contas.
Culpa da atriz Laila Garin. Baiana, 35 anos que foi escolhida por teste (parece que foram mais de duzentas candidatas!) para viver Elis. Que responsa, né? Que medo, né? Nada… Não para Laila. Ela desliza no palco. Tira onda. Presente. Forte. Inteira. Domina a gente. Toma conta. Não tem um olhar em vão. Um suspiro que não nos faça sentido. Nada. Perfeita. Visceral. Elis.

Essa protagonista que me contou a história me fez terminar o espetáculo aos prantos. E tenho que dar todos os créditos para ela porque o espetáculo é todo dela. Nem teria como ser diferente… Tem gente muito boa em cena (a-m-e-i ver o Felipe Camargo no palco! Amo o trabalho dele e cantando foi minha primeira vez! Adorei!), mas a peça é dessa menina. Dessa monstra. Dessa gigante. Obrigada, Laila, por me fazer apaixonar pela Elis. As músicas já faziam parte da minha vida mas a persona eu sabia muito pouco… E agora… Me sinto íntima. Me sinto tão íntima… Obrigada, obrigada, obrigada,LailaNelson pela poesia. E Dennis pela maestria. Obrigada.

Eles estão em cartaz no Rio de Janeiro até março. Depois fazem São Paulo, Porto Alegre(Elis nasceu lá!) e pretendem viajar mais. Foi o que li. Só sei que se a peça passar por perto de vocês corram para ver. Ainda estou suspirando. Transbordando. Afff… Como é bom ver coisa boa.

ELIS, A MUSICAL
Qui a Dom no Teatro Oi Casa Grande, Rio de Janeiro até março de 2014.

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Curta - Julia Faria

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