Ontem antes de dormir fiquei horas e horas no snap (julia-faria) falando sobre como eu amo ir ao teatro, por que eu fico (às vezes!) tanto tempo sem ir e que quando vou me lembro o quanto amo e que preciso ir mais vezes. Muito mais vezes.
Ontem foi assim…
Quando soube que teria uns dias no Rio já coloquei a peça da minha amiga amada Fê Vasconcellos na minha programação. A estreia foi semana passada e eu perdi, tava em SP. Fui ontem.
Eu tava na casa da Fê quando ela recebeu a ligação da Paola (Oliveira! Ela é produtora da peça!) para fazer o espetáculo. E falei com ela logo depois que terminou de ler o texto, uma tragicomédia da francesa Sandrine Roche adaptada pela Thereza Falcão.
Ela topou na hora e dias depois já tava entregue aos ensaios. Acho que foram uns dois meses de processo até a estréia. E ontem, três apresentações apenas depois de nascer, assisti o filho já pronto! Saudável, perfeito e lindo de morrer!
Fê divide o palco com mais três atrizes: Bianca Castanho, Karla Tenório e Talita Castro. São meninas crianças que brincam de inventar histórias misturando memórias mais ou menos reais, curiosidades, medos e sonhos.
Me lembro de quando a Fê leu o texto pela primeira vez, que veio como um monólogo. Não tinha divisões de personagens, ela ficou intrigada. Tipo “como a gente vai contar essa historia se nem eu to decifrando tudo que li?”. É aí eu vou até pular para o próximo parágrafo para dar o mérito do diretor…
Guilherme Piva é o nome dele. Ator também, se vocês googlarem com certeza reconhecerão o rosto de algumas novelas. Mas PRECISO falar do trabalho desse cara aqui… Affff…
Eu AMEI todas as escolhas dele. TODAS. Ele conseguiu contar a história com poesia, uma estranheza/exagero no começo totalmente permitida pela idade das personagens! Talvez até necessária, faz a gente logo parar para prestar atenção, tipo onde isso vai chegar, sabe? E aí ele começa a brincar… Se divertir… Leva as atrizes com ele e a gente vai com elas.
Ele vai preciso, ágil, dinâmico. (De novo!) Num texto nada fácil ele faz a coisa acontecer… Ele organiza pra gente, sabe? É aí que a mágica acontece…
Amo trilha, cenário, luz… Tudo lindo, lindo, lindo!
Amo ver minha amiga em cena! Sou fã de carteirinha, ne?! Acho a Fê uma atriz completa porque ela tem a intuição aguçada, ela deixa a correnteza levar, tá sempre atenta e presente se deixando reagir mas também tem o controle, a seriedade, o respeito com as personagens dela.
Outro parágrafo para Karla Tenório, também do elenco, não conhecia e me apaixonei. Viceral, forte, genuína. Criança brincando no parque é essa menina no palco. Fora o humor que ela tira da crueldade da personagem…
Enfim, babei! Elas tão totalmente integradas, coreografadas, muito bem marcadas. A sensação é de assistir um ballet de tão perfeita sincronia.
Amei muito! Muito, muito, muito!
Elas tão no Teatro Leblon, quartas e quintas ás 21hs.