O 3D de Scorsese!

20 de fevereiro de 2012

“A invenção de Hugo Cabret” tava no topo da minha lista de prioridades de filmes para ver. O Oscar é domingo que vem (tem um carnaval atrapalhando minha maratona! Socorro!) e o novo filme de Scorsese foi o campeão de indicações: 11 no total! Incluindo melhor filme, diretor, roteiro adaptado e fotografia. Ufa.

Fui ver em 3D. Meu primeiro 3D que não era desenho animado. Fiquei chocada com a qualidade. Com os planos, com as câmeras em movimento. Me desculpem o clichê mas você (literalmente!) se sente dentro da estação de trem em Paris, onde se passa o filme.

Década de 20, 30, a história é de Hugo Cabret, um menino órfão que mora clandestinamente nas paredes da estação cuidando dos relógios e vive para consertar um autômato em forma de menino que herdou do pai.

Para quem tava acostumado com os filmes de mafia e violência de Scorsese pode apagar toda a referência porque neste filme (primeiro infantil da carreira dele) você assiste um apaixonado por cinema (ele reproduz, por exemplo, “A chegada do trem na Estação”, filme de 50 segundos dos irmãos Lumière, mostrado pela primeira vez em 1895) com muita delicadeza nas imagens, muito capricho e sensibilidade nos closes e excelente trabalho dos atores.

E ainda conta a história de Georges Méliès, um dos precursores do cinema, que além de ser considerado o “pai dos efeitos especiais”, fez mais de 500 filmes e construiu o primeiro estúdio cinematográfico da Europa.

Enfim… Motivos não faltam para você assistir o filme. Eu sugiro ver em 3D. Telona! Os efeitos tão imperdíveis… Saí do cinema apaixonada. Por Paris dos anos 20, 30. Pela fotografia. Pela história de Méliès. E por Hugo Cabret. O menino (e seus olhinhos em closes profundos!) ainda não saíram da minha cabeça… Adorei, Scorsese! Obrigada.

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Curta - Julia Faria

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