Garota Exemplar

23 de janeiro de 2015

Dando continuidade na minha Maratona Oscar, ontem foi dia de Garota Exemplar. Filme que eu já devia ter visto faz tempo mas marquei um bobeira monstra… Logo que lançou, minha professora de accent lá de Nova York (eu tava morando lá na época do lançamento!) chegou em uma das aulas completamente hipnotizada pelo filme. Louca. Alucinada. Dizendo que foi uma das melhores coisas que viu na vida, melhor filme do ano, surreal e blablabla. Nossa, fiquei curiosa!

Era um mês pesado de aulas o dia inteiro, mais milhares de textos para decorar e adiei. Não tinha tempo mesmo. Mas continuava ouvindo dos amigos que assistiam o quanto era imperdível. E tiveram dois que odiaram. Dois entre vários que amaram. Mas aquele ódio tão fervoroso que também desperta curiosidade, sabe? E fui aumentando a expetativa.

Aí, lançou no Apple TV. Vi o anúncio e comprei sem prestar atenção. Uhum… Bem esperta. Comprei umpre-order. Ou seja, o filme não estava disponível. Comprei por 20 dólares e foram me liberar de assistir só por esses dias. Pensem na minha raiva? Foi tanta, tanta, tanta que segurei a curiosidade e esperei liberarem para pelo menos justificar os 20 dólares pagos e ver direitim na minha tv e em alta qualidade.

Enfim, vi. Junto da família aqui em São Paulo. E adorei o filme. Achei bem bom. Mas não ameeeeeeeeeeei não. Meu peferido de 2014 continua sendo o Boyhood. O campeão do meu Oscar!

Mas bora falar de Garota Exemplar

Ótimo filme! São quase três horas mas a gente vai bem. Eu pelo menos fui muito bem. Embarquei.

Baseado no livro homônimo da jornalista (e também roteirista do filme!) americana Gillian Flynn que vendeu mais de 6 milhões de cópias no mundo todo. Com Ben Affleck e Rosamund Pike no papel dos protagonistas e David Fincher dirigindo.

O filme começa com o aniversário de 5 anos de casamento do casal protagonista. E já começa entregando que a relação não vai nada bem com o personagem de Ben tomando um porre e desabafando com a irmã no bar que são sócios. Ele chega em casa depois disso e encontra a casa revirada e a mulher desaparecida. Aí o filme começa.

O que aconteceu com Amy? Sequestro? Assassinado? Quem foi o culpado? A gente passa a maior parte do filme sem saber. E até o marido é suspeito. Amo o cinismo com que criticam a cobertura sensacionalista da mídia, que, meio que transfoma as investigações quase que em reality show. As redes sociais, a hipocrisia, isso tudo que a gente assiste de casa com frequência na vida real.

Para mim, o que pega mesmo no filme, mais do que “o que aconteceu com Amy?” é “o que aconteceu com o casamento dos dois?”. É isso que me fissura mais. O início da relação é tão bem desenhado. Tudo parece tão encaixado. Casal perfeito. Que me intriga tentar entender quando é que a relação se perde, sabe? Qual o caminho percorrido para 5 anos depois eles não se suportarem mais. Já ouvimos essa história, né? Então…

Amo a trilha. Acho que faz uma caminha perfeita para as cenas de mistério e tal. E gosto muuuuito dos atores. No começo do filme entortei o nariz para atriz (não me perguntem porque, mas ela não me apaixona. Não me faz ter vontade de olhar, sabe?) mas logo acostumei. E seria injusto não escrever sobre os desdobramentos da personagem. Não é a toa que foi a única indicação do filme: melhor atriz! Nem posso entregar muito, tem que assistir para entender, mas ela dá um show. Ups and downs maravilhosos!

Agora assim, SACANAGEM ESSE FINAL. Quem viu vai me entender. E não vou entregar spoiler. Prometo.

Eles não podiam ir embora e deixar a gente assim, sem explicação. Tremenda sacanagem, não? Acho que a gente merecia ver umas coisinhas a mais. Concordando ou não, aprovando ou não. Mereciamos um pouquim mais eu acho!

Mas continuo adorando o filme. Indico. Tem que ver!

Vocês viram? Gostaram?

Quero saber!

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Curta - Julia Faria

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