Matisse no Moma

22 de outubro de 2014

Overdose de arte por aqui, né? É… Eu sei…

E sei também que não é o tipo de post que faz mais sucesso entre vocês. Pelo contrário… São os que tem menos likes/comentários… Não sei se por não ter muito o que comentar ou se por desinteresse mesmo! Aí só vocês podem me responder…

Mas anyway, não consigo deixar o assunto passar!

Não sou entededora de arte! Tô longe de ser especialista e já cansei de escrever isso aqui. Sou como a maioria de vocês. Minha relação com arte limita-se em olhar e achar bonito ou não. Olhar com carinho. Amor. Ler um pouquinho sobre o artista que tô indo visitar. Passar rapidamente pela história dele. Pegar um amigo que entenda mais como companhia, guia ou áudio-guia e me jogar. Ver se bate ou não. Se emociona ou não. Se embarco ou não.

Amo o ambiente. Museu é lugar de gente curiosa. Interessada. E é esse tipo de gente que quero por perto. Que pode não entender absolutamente nada do assunto mas aceita o convite e paga para ver. E isso vale para tudo na vida. É dessa maneira que toco meus dias… Acordo e penso: o que posso fazer por mim hoje, sabe assim?

Claro que viver em NY ajuda um tanto… Mas acho que interesse/desinteresse não tem muito lugar no mapa. Vai de cada um mesmo…  Tá dentro da gente. E não sou eu, nem ninguém que vai conseguir fazer uma pessoa que detesta museu resolver experimentar. Nem tenho essa pretensão… Não mesmo! Juro que não! Mas insisto em dividir com vocês as exposições que visito (só as mais legais, prometo!) para que, mesmo quem não se interessa pelo assunto, possa saber o que tá acontecendo no mundo, sabe? Um pitadinha (na humildade! ;)) de conhecimento. Cultura. Compartilhar o que acabei de receber. Sei lá… Tentar agregar de alguma maneira para quem não conhece e tem curiosidade (ou não!) mas falta oportunidade. Ou dividir com quem já conhece mas não pode passar por NY nas datas das exposições. Enfim… Repartir minhas sensações e (puro!) achismos sem nanhum conhecimento de causa. Só por repartir mesmo! Afinal de contas tô aqui para isso, né, não?

Bom… Dito isso, vamos para a exposição que fui ver ontem no MoMa.

Não sei se já escrevi isso aqui antes, já devo ter escrito, mas o MoMa é meu museu preferido em NY. A-M-O o acervo fixo deles: Dalís, Mondrians, Monets, Fridas, Van Goghs, Warhols

A-M-O! Fui ver a exposição da brasileira Lygia Clark mês passado e fiquei um domingo inteirinho lá. Vendo e revendo tudo em detalhes. É obra poderosa que não acaba mais! Tem que ir. Obrigação!

Aí… Ontem voltei! Saiu Lygia e entrou Matisse. E é sobre isso que eu vim falar.

A exposição“Henri Matisse: The Cut-Outs”  já chegou hippada por conta do sucesso que foi na Tate Modern, em Londres. Filas e mais filas. Bombou!

E aqui em NY não tá sendo diferente… Tem que chegar antes, garantir seu ticket com hora marcada e ainda pegar uma filinha na hora de entrar. Tipo isso. Bombado!

Mas valeu cada minuto e dólar investido!

Henri-Émile-Benoît Matisse (1869 — 1954) foi um artista francês conhecido que se dedicou quase que exclusivamente a colagem.

Segundo uma guia muito simpática que estava com um grupo de chineses (eu amo ficar de ouvidos atentos nas guias dos outros, uma vez que o áudio-guia do museu não tem todas as obras gravadas!) disse que ele foi junto com Picasso e Duchamp, um dos três artistas mais importantes do século XX.

Ele costumava pintar folhas de papel e pássaros e depois recortava, reunindo formas orgânicas em combinações vivas e simples. O foco da exposição é esta fase. Os seus últimos anos de criação. E tem mais de cem trabalhos deste período (o mais importante!) de produção dele. A maior reunião destes trabalhos!

Eu conhecia pouca coisa… E fiquei e-n-c-a-n-t-a-d-a!

Você ouvir a introdução e explicação de obra por obra ajuda muito, né? Te faz entender e prestar atenção em coisas que certamente passariam batidas se tivesse andando aleatoriamente… E fui me apaixonando por Matisse aos poucos. Quadro por quadro. Tem um vídeo dele em uma das salas que perdi uns bons muitos minutos namorando. Ele trabalhando. Recortando os tais moldes de papel que costumava pendurar pelas paredes do atelier. Com a tesoura certeira. Fazendo um ballet com as mãos.

Esses quadros da série Nu Azul foram pendurados numa mesma sala pela primeira vez. Todos na mesma parede. São variações do corpo feminino recortadas pelas mãos de Matisse! Queria mandar tudo lá para casa… 😉 #sonhos

As fotos todas foram tiradas do site do MoMa e internet, uma vez que é proibidíssimo fotografar lá dentro!

Mais um artista para minha liste de preferidos!

Obrigada, MoMa! Te devo mais essa!

😉

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Curta - Julia Faria

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