Tô aproveitando a folga o carnaval para atualizar minha lista de filmes. Duas semanas para o Oscar (24 de fevereiro!) e ainda faltam vários filmes para ver… Já fui melhor nisso! 😉
Ontem foi dia de assistir um dos musicais mais famosos e encenados da história (bateu 60 milhões de espectadores no teatro, poucos filmes chegaram nisso!) em uma nova versão no cinema. Já tinha lido algumas entrevistas das atrizes contando do processo e tava bem ansiosa para assistir.
São 2 horas e 40 minutos de filme. Sim, é longo. Mas belíssimo! Se eu começar falando que os 158 minutos de filme são cantados, que os diálogos todos foram substituídos por estrofes posso afastar a freguesia, não? Salvos os apaixonados por musicais, essas informações assustam mesmo… Eu tava um tanto assustada! Apesar de bem curiosa para ver os atores cantando ‘ao vivo’…
O filme é todo cantado. Exceção para uma palavra ou outra. E tudo foi cantado na hora, durante as cenas. Nada de estúdio. Numa das entrevistas que li antes de ver filme, a Amanda Seyfried contou que em Mamma Mia (outro musical que fez!) ela cantou apenas por dois dias, em um estúdio, e depois, na hora de rodar o filme ela se dublava. E, que desta vez, foi tudo muito mais difícil já que ela tinha cantar para valer no set de filmagem. Era rodar valendo imagem e som. Tudo. Corajosos!
E foi um ganho e tanto para o resultado final… Não sou cantora, não entendo muito de tom e afinação e meu parecer é totalmente de uma espectadora que se entrega para as sensações provocadas… Nada técnica. Totalmente de coração… E achei maravilhoso!
As performances vieram ainda mais fortes munidas com a força da interpretação, do ‘aqui e agora’ das personagens, com falhas, bossas, respirações, suspiros, lágrimas e imprevistos que só poderiam ter sido decididos pelos atores naquela hora, sabe? Sentindo aquilo. Sorte nossa que o Tom Hooper (diretor) escolheu assim. Ganhamos momentos maravilhosos para assistir.
Um parágrafo todo para a musa Anne Hathaway. Como ela canta lindo… Meu deus… O diretor fecha close poderoso nela e ficamos alguns minutos hipnotizados enquanto ela canta. Uau. Que difícil o que ela faz… E como faz bem. Minha favorita para Oscar de Coadjuvante! Aliás, isso acontece muito durante o filme, câmera fechada na cara do ator e aí somos só nós e ele interpretando a canção. De novo: corajosos! E vitoriosos!
Além de Anne, amei a atriz que faz Éponine, Samantha Barks. Outra voz maravilhosa, boa demais de ouvir. Adorei essa menina.
E a cereja do bolo fica com as interpretações + vozes das crianças: DanielHuttlestone, que faz o Gavroche (um menino de rua esperto e bem corajoso!) e Isabelle Allen que faz a Cosette quando criança. Essa menina arrebenta. Cenas lindas, voz deliciosa. Musinha!
No final das contas, nem todos os atores são cantores profissionais, uns arrebentam, outros nem tanto… Mas a mistura (de novo, para essa espectadora leiga, movida a emoção!) funcionou muito no final. Me emocionou muitíssimo. Fora fotografia, arte, caracterização… Tudo muito lindo e exagerado. Do jeito que um musical dessa proporção tinha que ser… Eu adorei. E indico.
Saí aos prantos do cinema!
Programão!