Jobs

28 de setembro de 2013

De novo aquele papo de que Grey’s Anatomy comprometeu meus livros, filmes e vida social… Tô chata? Repetitiva? Eu sei… A real é que terminei ontem a nona temporada e agora só me resta esperar liberarem os primeiros da décima… Legendados! (Se alguém vir por aí posta o link nos comentários, pelamordedeus!) Tantos termos técnicos que prefiro esperar a legenda para não perder nada.

Tudo isso para dizer que no meu primeiro dia sem Grey’s fui atrás de distraircompensar o tempo perdido. E comecei logo com um filme que tava curiosíssima para ver, apesar do atraso. A cinebiografia de Steve Jobs, sócio-fundador da Apple. Acho que dispensa apresentações, né? Então…

Eu comprei a biografia autorizada (livro) dele logo que saiu. Um pouquim depois que ele morreu. E não li até hoje. Comecei e encostei. Devo ter parado entre a página 150 e 200, algo assim. Tenho mania de ler mais de um livro ao mesmo tempo e alguns acabam ficando pelo caminho. Esse foi um… Até aqui. Porque saio do cinema com a certeza absoluta de que vou retomar. E explico porque.

Não sei dizer se gosto do filme. Porque também não desgosto. Mas acho que o que me faz não torcer o nariz é a curiosidade monstra em cima da história desse cara. Já disse aqui mil vezes que sou tarada em biografias. Tratando-se da de um cara tão presente nas nossas vidas, do gênio da tecnologia, do cara que criou o brinquedinho no qual eu tô escrevendo para vocês no momento, o interesse triplica. Multiplica. Então acho que não gosto do filme. Mas me interesso muito pelo cara. Ficam meio que elas por elas, sabe?

Aí, vou tentar explicar os motivos pelos quais não gosto do filme. Venderam a biografia de Jobs (não foi à toa o título do filme! Ou foi…) e compramos a biografia (???) da Apple. Sim, Apple seria um título muito mais apropriado.

Me lembro muito (das poucas páginas que li do livro!) do sofrimento de Jobspor ter sido abandonado pelos pais, a relação com os pais adotivos, sua relação com Woz… Como disse, não li nem metade do livro, mas li o suficiente para dizer que o filme é raso. O roteiro não se aprofunda na mente de Jobs e parece não estar mesmo muito preocupado em ser uma fonte fiel aos fatos da sua vida. Tudo bem também, se não tivessem nos vendido como tal. (Já entenderam a minha vontade de retomar o livro ontem, né? Só alimentou a curiosidade… Não saciou nadinha!)

Enfim, o que a gente vê é um mega salto da garagem da casa de seus pais adotivos para o CEO da Apple. Do jovem visionário ao cara pronto para destratar qualquer funcionário (e amigo!) e abandonar pessoas pelo caminho. Sua filha, inclusive. Faltam tantos detalhes… Nos encontros e desencontros. Nas escolhas que ele faz. Fica faltando tanto para gente do lado de cá…

Fica claro o intuito de criar um  herói intocável justificando todos os seus erros como frutos de sua genialidade. O filme meio que tem esse papel. Canonizar o deus da Apple. (Que ele é gênio a gente já sabe, não???) E pode ser que alguém compre. O Ashton Kutcher comprou. Diz que ele chegou bem perto do jeito de falar e andar de Jobs. Eu não sei… Não tenho esse know how. Nunca vi um vídeo sequer deJobs. Mas sei que euzinha não comprei não…

Saí do cinema querendo mais. Muito mais do que o Deus da Apple. Saí com vontade do Steve. Steven Paul Jobs, no caso. E é por isso que eu vou correr pro livro assim que publicar esse texto. Porque já sabia que a Apple era a empresa mais valiosa do mundo hoje. O que me interessa agora é saber todas as dores e delícias que o criador dela passou (internamente!) para chegar lá! E não deve ter sido pouco… Nem simples… E no mínimo muito interessante!

😉

Fui!

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