Memórias de Storm King

20 de outubro de 2014

Cheguei em Nova York esse ano com uma listinha de obrigações! Coisas que ainda não tinha feito e que não queria deixar de fazer de jeito nenhum! As vezes acho que “mudar” para um lugar faz a gente ficar preguiçoso. Meio que temos tanto tempo para fazer tudo que vamos deixando sempre para amanhã. Isso já aconteceu com alguém aí?

Eu vim para ficar alguns meses. Com minha listinha no bolso. Mas como tinha “alguns meses” para fazer tudo, por que pressa, né? “Tenho tempo… Depois eu faço!”. E, de repente, me dei conta que só tinha mais um mês. Pisquei e cinco meses se passaram. Oi? Quero saber quem foi que autorizou o tempo correr tanto assim, meu Deus?! A gente tem é que se apressar para conseguir acompanhar… E é isso que eu tô fazendo! 😉

Falando de cultura, fora os todos mil museus que tem em Manhattan e Brooklyn para gente ir, cheguei louca pelo Dia:Beacon e Storm King. Comecei pelo Beacon e enlouqueci. Lá tem área aberta e fechada. Arte contemporânea. Demais, demais, demais. Já escrevi sobre o assunto aqui! E, ontem, foi o dia do mágico Storm King.

Fica a uma hora e meia de Manhattan. Você pode ir de carro (melhor opção se tiver em turma! Chega mais rápido, você vai e volta na hora que bem entender e se lotar o carro sai mais barato!), de ônibus (foi o que eu fui! 46 dólares ida e volta + ingresso do parque! Bem tranquilo, pára lá dentro. Só que tem que sair 10am em ponto e voltar 4hs45pm em ponto!) ou trem (não usei então não sei! Mas parece que pára meio longe e você tem que pegar um taxi da estação para o parque!). Clica aqui que tem todas as opções com detalhes! 😉

Então… Resolveu como chegar, juntou grupão de amigos (aliás, meeeeega programa romântico! Mega, mega, mega! Perfeito para um date! #dicas ;)) e olhou a previsão do tempo? Sim, porque Storm King é 100 por cento a céu aberto. Ou seja, choveu-fude*! Aí é se jogar… Roupas e sapatos bem confortáveis para andar, andar, andar e se jogar na grama sem restrições e partiu mundo dos sonhos!

Fui com um grupo de amigas! Acho mesmo que esse tipo de programa é quanto-mais-gente-melhor! Pode encher a mochila com comidinhas e bebidinhas para um delicioso piquenique na grama. Mais uma vantagem para galera que vai de carro! Dá para levar de um tudo e deixar na mala! Melhor coisa!

Você tem restrição de onde pode comer, mas tem umas mesinhas beeeem gostosas no meio do parque para abrir uns queijos e vinho. Delícia, delícia, delícia! O café/lanchonete que eles tem lá é bem simples e (também!) a céu aberto! Vale provar o refrigerante orgânico de cola produzido na região que eles vendem por lá!

São mais de 100 instalações gigastescas (a da foto acima chamaSuspended, do israelense Menashe Kadishman) de artistas consagrados na coleção permanente deles. Todas espalhadas pelo parque que é proporcionalmente gigantesco!

Conexão total de arte e natureza, sabe?

Uma das coisas mais lindas que já vi na vida…

Outra coisa interessante que um amigo que já passou pelo parque 4 vezes me falou foi que cada estação do ano oferece um parque diferente. Que as cores das árvores e folhas mudam muito. Fora o clima, né? Muito calor. Muito frio. Muito vento. Seco. Úmido. Enfim… Que a experiência é sempre outra. As sensações também. Que cada época tem seu charme e peculiaridades, mas que se tivesse que escolher uma, seria o outono. Época mais bonita! Dei sorte! 😉

As árvores de fato são atrações a parte. Instalações naturais. Superaram todas as minhas expectativas.

Eles tem um trenzinho disponível que dá volta pelo parque todo. Sugiro chegar e dar uma geral! Ou, os com mais disposição, alugar uma bike (10 dólares a hora! Achei carinho, né?!) para poder explorar o todo. E depois caminhar…

Fizemos tudo a pé. Foi tranquilo… Mas a turma toda curtia andar! Tava todo mundo muito afim daquilo… Tem que ver o mood de cada um… Tem jeito não!

Mais algumas das lindezas que passamos por lá:
Three Legged Buddha
 (2007) do chinês Zhang Huan.


Schunnemunk Fork
 (1990-1991) do americano Richard Serra e

Mirror Fence (2003) da artista americana Alison Shotz.


Adonai
(1970) do artista russo-americano Alexander Liberman.
Essa é uma das minhas preferidas… Arrisco até dizer que é a preferida. Chama Storm King Wavefield (2007-2008) da também americana Maya Lin.

Pena que a foto não traz a dimensão gigante que é ao vivo. São sete fileiras de ondulações feitas de grama. Que você tem que andar, subir, descer, deitar… É demais! Surrealmente lindo…

É (de novo!) uma mistura total de sentidos… Todos eles apurados! Muita beleza envolvida…

Programa imperdível para quem passar por NY!

De novo e de novo: uma das coisas mais lindas que já vi na vida…

Obrigada, Papai do Céu!

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