Fui ver o tal do W.E. – O Romance do Século de Madonna meio que sem saber o que esperar. Segunda tentativa da cantora como diretora, depois de Sujos e Sábios, em 2008, eu não perderia. Mas também a expectativa não era das melhores.
São duas histórias. Duas épocas diferentes. E elas se cruzam.
Uma trata do romance de Wallis Simpson, “plebeia” dos EUA, com o rei Edward VIII na década de 1930 – que o fez abdicar do trono inglês para viver a história de amor. Lembra de O Discurso do Rei? Colin Firth fez maravilhosamente bem o irmão gago de Edward que assumiu o posto em seu lugar e virou Rei. Tão bem que foi premiado melhor ator pela academia!
Voltando ao W.E, o foco é em Wallis (Andrea Riseborough): divorciada, amante de um nobre, responsável por mudar radicalmente a história da monarquia britânica. A sensação que dá é Madonna querendo contar a história do outro ponto de vista, sabe? Ela toma um partido. Total.
Daí, o roteiro atravessa o tempo até os anos 1990 para contar a história de Wally Wihtrop (Abbie Cornish), novaiorquina obcecada com a história do casal da realeza, que vive um casamento falido e se apaixona por um segurança russo.
O vai-e-vem entre épocas que podia ser incrível, aqui, é bem confuso. Tem uns takes estranhos. Uma camera na mão que chega dar tontura em alguns momentos de tão ruim. Nossa! Não gostei.
Para não dizer que o filme é de todo ruim fico com a fotografia. Cores lindas. Belo tratamento. Amei. O trabalho da protagonista Andrea Riseborough é especial. E o figurino (merecidamente indicado ao Oscar!) fez valer o ingresso do cinema!
Quem fez foi Arianne Phillips (ela cuida do figurino da cantora/diretora e já tinha sido indicada ao Oscar por Johnny e June e Direito de Amar).
Na minha humildíssima opinião, Madonna como diretora e roteirista é uma maravilhosa estrela pop!