Blue Jasmine

23 de novembro de 2013

Continuando nossa semaninha cultural hoje o assunto é cinema! Esse ano fui muito menos do que deveria e gostaria de ter ido. Uma pena… Além de ter sido (tem sido!) um ano corrido, eu tive as invasões das séries na minha vida, né? Lembram que falei disso aqui? Então… Mas quando tem filme novo do Woody Allen eu paro o mundo para ir assistir. E assim foi com Blue Jasmine. Corri para o cinema.

Gostei muito do filme. Muito. Longe de ser meu preferido Woddyaleano (???), tenho outros na frente desse, mas achei bem lindo.

Primeiro porque temos uma Cate Blanchett brilhante na pele da bilionária que perde tudo e vai pedir socorro para irmã que ignorou/evitou a vida toda. A concepção da personagem já é interessante. Idéia interessantíssima. E o roteiro vem preciso. Redondo.

Jasmine e Ginger são filhas de adoção. Então são irmãs e não irmãs ao mesmo tempo. Foram adotadas pelo mesmo casal mas cada uma seguiu um caminho: Jasmine (que nasceu Janette mas mudou de nome por “sugestão” do marido) casa-se com um investidor riquíssimo e vive numa mansão em Nova York enquanto Ginger (personagem da maravilhosa Sally Hawkins teve dois filhos com um operário e vive em São Francisco.

O roteiro pincela aproximações e distanciamentos o tempo inteiro. Entre as duas. Entre os mundos completamente diferente de cada uma. Entre as cidades. Entre os sentimentos delas. Bem interessante esse jogo do aproxima-separa. De identificação e de repulsa. Indo e vindo o tempo inteiro.

Cate Blanchett tá muito bem. Muito bem mesmo. E ela sabe disso. E a gente sente que ela sabe. Li uma crítica antes de ver o filme que dizia que Jasmine é uma personificação doWoody, de achar tudo um pavor, as pessoas feias, desinteressantes e achei que faz bastante sentido. E ainda assim a gente gosta dela. (E dele, claro!) Mais, a gente humaniza. Torce. Com todas essas (e mais algumas!) características que nos dariam todos os motivos do mundo para odiar. Mérito da Cate. Mérito do Woody. Dois responsáveis por nos entregar um belo filme e nos apaixonar despidos de julgamentos por essa mulher.

Obrigada aos dois!

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Curta - Julia Faria

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